A internet acumula cada vez mais pessoas com tempo ocioso e dispostas a investir ele em golpes, agredir verbalmente, ou simplesmente incomodar outras pessoas que não vivem o mesmo ócio que elas, que ao contrário, estão ali a trabalho.
Como o caso de nós acompanhantes, que temos nosso número de telefone disponível para tantas dessas pessoas fazerem uso como bem entendem, e infelizmente, não é para nada que nos beneficie.
Todos os dias recebemos inúmeras mensagens que não sem a mínima intenção de contratar nossos serviços, e conforme ficamos mais experientes, aprendemos a reconhecer as reais intenções de quem nos chama.
Isso é algo que leva tempo e custa muita paciência, por isso trago aqui um atalho para você iniciante na profissão, e também para você caro contratante, para não errar na hora de entrar em contato conosco.
Pediu foto de agora? Mande seu link do anúncio.
A famigerada foto de agora, que já virou meme e ainda insistem em pedir. No nosso caso, então, não faz nem sentido, visto que trabalhamos com anúncios onde dispomos de fotos, vídeo de comparação, e verificação de idade e documentos, tudo para comprovar que somos de fato a pessoa do anúncio.
Quem pede foto, pela minha experiência, geralmente são homens mais novos, às vezes até menores, que só querem papo e “se aliviar”. Nunca, NUNCA, atendi sequer um cliente que me pediu foto, inclusive não é recomendado que enviemos nenhum material pessoal para estranhos, visto que pode ser usado para criar fakes, ou até como chantagem.
Então, pediu foto? Mande o link do seu anúncio, por isso também é importante mantê-lo sempre atualizado e com postagens diárias nos stories, assim não tem desculpa para o cliente de pedir nada a mais.
Excesso de erros de português
Pode até parecer preconceito meu, mas clientes com erros de escrita muito esdrúxulos, até com palavras simples, não contratam. Costumam mandar mensagem com intenção de conversar à toa, zoar com o acompanhante, e muitas vezes chegam a pedir áudio, por conta de terem fetiche com a voz, na esperança que falemos com ele sensualmente (lembra dos telessexo?), e ele possa novamente “se aliviar” às custas do nosso tempo e paciência.
Claro que temos exceções, algumas pessoas realmente não sabem escrever ou tem até dificuldade com o celular, mas pelo tipo de conversa fica fácil identificar. Falou sacanagem? Bloqueia!
Uso de palavras pejorativas e desrespeito
Não é porque somos acompanhantes que às pessoas tem o direto de nos chamar de qualquer denominação pejorativa (eu particularmente não me ofendo, mas existem formas mais gentis de se expressar, não acha?).
Trabalhamos com sexo, mas não quer dizer que isso dá intimidade às pessoas para qualquer pessoa chegar falando sobre o que fariam ou não com a gente entre quatro paredes, muito menos mandando fotos íntimas.
É preciso respeito acima de tudo, e ele começa na abordagem. Nunca, jamais, atendo pessoas que me tratam como objeto e demonstram ter algum direito sobre o meu corpo apenas por pagarem meu cachê, educação é o mínimo que se espera de qualquer ser humano, e isso não pode mudar conforme a profissão, gênero, idade, ou seja lá o que for.
Cuidado com números estrangeiros e DDD de outra cidade
Quase sempre que me chamam números de outros países, são brasileiros fingindo ser gringos na tentativa de prender nossa atenção, e DDD diferentes raramente são clientes que estão mesmo viajando e se encontram na minha cidade. Essas pessoas são as que mais pedem fotos, áudios, chegam a marcar atendimento, e do nada bloqueiam ou simplesmente somem.
Nesses casos, a dica é sempre pedir a localização em tempo real do cliente via WhatsApp, como forma de segurança para garantir que ele está onde diz estar, se ele se recusar ou achar ruim, desconfie que aí tem coisa.
Pedir foto da chave do quarto identificando o hotel/motel em que ele está hospedado também é uma boa dica, afinal eles têm muitas informações sobre nós, nossas fotos, idade, onde atendemos, dentre outras coisas, e nós muitas vezes não sabemos nem mesmo o nome ou como essas pessoas são, nada mais justo que garantir no mínimo a localização.
Agendou sem perguntar nada? Desconfie
É fato que gostamos de pessoas diretas, afinal respondemos inúmeras mensagens todos os dias, mas clientes que chegam numa conversa com “oi, quero agendar tal hora”, assim do nada, eu particularmente já desconfio, e sempre estive certa.
É comum e até necessário confirmar algumas coisas antes de agendar, e quando isso não acontece, pode ter certeza que em seguida essa pessoa vai te pedir ou até mandar fotos íntimas, xingar, pedir seu endereço e não aparecerá.
Procure confirmar as informações básicas com o cliente, até para não haver mal-entendidos, golpistas desse tipo geralmente não tem paciência quando não alcançam seu objetivo rapidamente, e eles próprios nos bloqueiam quando percebem que não cairemos na conversa.
Cliente sem foto de perfil, devo atender?
É uma dúvida recorrente das colegas de profissão se devem ou não atender clientes que não tem foto de perfil no Whatsapp, e ainda se seria certo ou não pedir que eles enviem.
É uma questão delicada, pois a maioria do público que entra em contato conosco presa muito pela discrição e sigilo, costumo aconselhar que optem pela alternativa que mais lhe faça sentir seguro.
Eu particularmente nunca pedi foto, na verdade, acho interessante e até excitante não saber a aparência do cliente até chegar a hora do atendimento, mas aprendi a perceber pela conversa, sem necessitar foto, se a pessoa é ou não minimamente confiável para que eu possa atender com segurança.
É impossível garantir se vamos cair num golpe ou não, mas se ficou uma pontinha de dúvida, não vá, e não encare como “perder dinheiro” e sim como “me resguardei de passar por uma possível situação ruim”.
Sempre haverão clientes de boa-fé dispostos a nos tratar com respeito, não podemos colocar nem mesmo a necessidade financeira acima da nossa segurança. Por isso é tão importante ter um planejamento econômico para não precisarmos nos colocar em situações de risco por medo de não conseguir pagar as contas em dia.
Enfim, procure minimizar os riscos ao máximo, respeitando seus limites, sua intuição e exigindo respeito sempre.