Muitos acompanhantes se dedicam apenas a sua vida profissional e acabam esquecendo que também são seres humanos, que precisam de lazer, sair com os amigos, socializar e, principalmente, cuidar da sua saúde mental. Muitas vezes, essas pessoas preferem se dedicar inteiramente ao trabalho, já que vivem com medo da discriminação e do preconceito, o que as impedem de conhecer gente nova e se relacionar com os demais.
No entanto, essa atitude pode ser extremamente prejudicial, já que essa reclusão pode afetar a saúde mental desses profissionais, que, consequentemente, podem acabar adoecendo – desenvolvendo quadros de depressão, por exemplo.
Profissionais do sexo costumam ter uma rotina pesada de trabalho
É comum que as pessoas pensem que trabalho sexual é sinônimo de dinheiro fácil. Mas, na verdade, um/a acompanhante de sucesso na sua carreira, que é o que a maioria almeja, é uma pessoa bastante ocupada. Isso porque, não são apenas as horas do dia ou da noite dedicadas aos encontros com seus clientes.
Esses profissionais também precisam cuidar da aparência, do local de trabalho (para aqueles que atendem em local próprio), das mídias sociais (como o perfil nas plataformas de acompanhantes) e, muitas vezes, buscar formas para sempre inovar no seu trabalho – afinal, todo bom profissional precisa apresentar seus diferencias. Tudo isso, como você pode imaginar, requer tempo e disposição.
Em outras situações bastante comuns, profissionais do sexo, por viverem com medo da discriminação pelo tipo de vida que levam, dedicam todas as horas do dia aos seus clientes – como uma espécie de fuga da própria realidade. E toda essa preocupação, medo e insegurança, facilmente leva essas pessoas ao esgotamento emocional.
Em meio a tantas horas dedicadas ao trabalho, pouco sobra para a vida pessoal. Família, amigos, lazer, e o mais importante, saúde mental, acabam ficando em segundo plano muitas vezes. E, como dizem por aí: a conta, uma hora, chega. O resultado de tanta dedicação ao trabalho, e pouco tempo para o restante, acaba sendo profissionais cansados, estressados e em débito com sua saúde (física e mental).
É possível, e necessário, encontrar o equilíbrio
Embora pareça difícil, acompanhantes precisam ter muito cuidado para não entrar nesse círculo vicioso de trabalho e dedicar mais tempo à vida pessoal. Afinal, nós, seres humanos, não somos máquinas. Para que “funcionemos bem”, precisamos cuidar do nosso bem mais precioso: nossa saúde. Até porque, sem saúde, também não conseguiremos trabalhar, certo?
Não existe, no entanto, uma “receita de bolo” que funcione com todos para fazer com que isso aconteça. O primordial, aqui, é saber administrar o seu tempo de trabalho. O que costuma ser útil é organizar sua rotina de maneira que sobre pelo menos dois dias inteiros de descanso na semana, dedicados exclusivamente a você.
Nesses “dias de folga”, a ordem é descansar e aproveitar para colocar tudo em ordem internamente. Sair, se divertir, viajar, ou simplesmente ficar em casa sem fazer nada – o importante é fazer aquilo que te faz bem (e que não envolva trabalho).
É preciso, também, que sobre um tempo para cuidar da sua saúde – e isso é extremamente importante! Mantenha seus exames de rotina em dia e, se possível, busque ajuda psicológica, como terapia.
É caro? Pode até ser, dependendo da condição financeira de cada um, mas, sem dúvidas, valerá o investimento. Tudo é uma questão aprender a priorizar aquilo que é mais importante para levar uma vida mais saudável possível.
E lembre-se: você trabalha com pessoas – diretamente, inclusive. E isso não é nada fácil. Exige muito do seu psicológico (aliás, quantas vezes os acompanhantes precisam fazer papel de psicólogo, não é mesmo?). Não deixe, portanto, o esgotamento tomar conta de você. Procure ajuda e se coloque em primeiro lugar!